Vencendo Preconceitos: Conheça a História de Cecília…
Alécio é o primeiro e único filho de Cecília e, com a vinda da maternidade, muitas surpresas e mudanças chegaram à vida dela. Ainda na gestação foi detectada a cardiopatia. Quando o bebê tinha três meses, veio a segunda notícia, de que Alécio tinha Síndrome de Down. Com isso, Cecília fez a seguinte análise: qual melhor pessoa para cuidar e identificar todas as necessidades do filho do que a própria mãe? A partir daí, ela passou a ocupar o cargo de mãe em tempo integral e, há um ano, tem se descoberto no papel de empreendedora no ramo de doces.
“Durante a gestação, com o diagnóstico da cardiopatia, toda a minha atenção estava voltada para isso. Havia uma suspeita da síndrome, mas no ultrassom não foi possível ter certeza. Só depois que ele nasceu foi feito o exame que constatou a condição”. Ao receber a notícia, o que veio à mente de Cecília foi se o filho ia ser aceito. “Desde então, eu venho batalhando para proporcionar o melhor a ele”. Ela relata que precisa ter uma preocupação a mais em relação ao desenvolvimento e estímulos que Alécio precisa receber. “Eu fiquei tão feliz quando meu filho se sentou a primeira vez, mas o fisioterapeuta me mostrou que ele não estava se sentando corretamente e eu pensei: ‘ué, e tem forma correta de se sentar?’. Então eu também preciso estar atenta a essas questões”, explica.
Quando Alécio tinha um ano, foi feita uma cirurgia para aumentar a passagem do fluxo sanguíneo do coração para o resto do corpo. Existe ainda uma série de intervenções que precisam ser feitas para que o coração dele possa estar 100%, acompanhamento que é feito com Dra. Ana Karina na Petitcor desde que o menino nasceu. “Á medida que ele for crescendo, o corpo vai exigindo mais dele, então outras cirurgias precisarão ser feitas”, relata a mãe. Atualmente com 3 anos, Alécio está no Grupo 2 e ainda frequenta o fisioterapeuta e o fonoaudiólogo, além de praticar terapia ocupacional e equoterapia (terapia com cavalos).
A atuação de Cecília como empreendedora chegou há um ano, através de um pontapé dado pela comadre. “Ela tem uma empresa na área de festas e, ao conversar comigo sobre as lembranças que iria fazer para o Dia dos Pais, disse que quem iria fazer os brigadeiros seria eu”, relata Cecília. Depois disso, ela não parou mais. “Sempre gostei de fazer brigadeiro e é muito bom ter retornos positivos sobre o meu trabalho. Uma vez uma pessoa me disse que nunca tinha comido chocolate igual ao meu. Isso não tem preço”, revela. Cecília diz que até hoje o desafio é muito grande, pois sempre precisa pensar em algo novo e se envolver em coisas que não tinha conhecimento, como questões de marketing. Antes de se aventurar no mundo dos doces, ela trabalhou por muitos anos como recepcionista e coordenadora de atendimento em hospitais e clínicas. Para conhecer mais o trabalho de Cecília, é só acessar o Instagram no endereço
www.instagram.com/ceciliamarianoacomadre.
Para as mães que passaram por situação semelhante com seus filhos, ela deixa o recado: “Não deem ouvidos a pessoas negativas, que não tem sensibilidade. Receber a notícia de que seu filho tem Síndrome de Down não é o fim do mundo. Eles tem muito mais para nos ensinar do que a gente imagina.
Venho me surpreendendo a cada dia com Alécio, buscando ser o melhor pra ele e por ele. Não tenham medo de lutar pelos seus filhos, a sociedade é dura, mas é preciso receber cada crítica e preconceito com amor”.