Um simples ecocardiograma fetal mudou a vida de Fabiana e Arthur. O exame, que foi feito quando Fabiana estava com 28 semanas de gestação, detectou a cardiopatia congênita no filho Arthur. Chamada de Tetralogia de Fallot, a doença é uma condição rara causada por uma combinação de quatro defeitos cardíacos presentes no nascimento, o que resulta em fluxo de sangue pobre em oxigênio para fora do coração e o resto do corpo.

Ao receber a notícia, Fabiana relata que o mundo desabou, mas teve todo o suporte dado pela Dra. Karla Pedrosa. “Ela disse que podíamos acreditar que tudo iria dar certo, pois a medicina tem excelentes resultados em relação ao prognóstico”. Mesmo abalada, Fabia conseguiu tirar forças para seguir em frente e relata que no dia seguinte a notícia sobre a doença do filho, chamou a mãe para ir comprar o papel de parede do quarto de Arthur. “Minha mãe se surpreendeu ao me ouvir dizer isso, mas eu sabia que precisava levantar a cabeça e ter fé”.

Durante a gravidez, Fabiana teve que manter um repouso redobrado, pois quanto maior o tempo da gestação, maiores as chances do coração do bebê se fortalecer.  “Ter o diagnóstico ainda durante a gestação fez toda a diferença, pois durante o parto, havia uma equipe de médicos à disposição caso fosse necessária alguma intervenção e tivemos também a chance de coletar células tronco”, relata Fabiana. A cirurgia de Arthur só foi feita quando ele tinha 11 meses. “Dra. Karla acompanhou todo o processo, nos ajudando na escolha do cirurgião que ia fazer a operação, realizada em São Paulo”, completa.

Os cuidados continuaram depois da cirurgia, pois ele não podia fazer muito esforço. Por causa disso, Arthur só começou a andar com 1 ano e 5 meses. Hoje, com 7 anos, o menino que adora jogar futsal já está até liberado para praticar esporte de forma profissional. “Fizemos um check-up geral com dra. Karla no final de 2016 e verificamos que a saúde dele está 100%”, comemora Fabiana. Questionada sobre toda a luta enfrentada até Arthur estar completamente curado, Fabiana dá um relato emocionante: “É preciso confiar e ter fé, pois tudo acontece por um motivo. A gente se sente culpado, mas é preciso acreditar que podemos dar conta. Ter a palavra de um médico competente e escutar outras histórias faz toda a diferença. Assim vemos que não estamos só”.

Produzindo festas

A história de Fabiana como empreendedora começou durante o período de três anos em que a família morou no Panamá. Antes da gravidez, ela trabalhava como arquiteta e, ainda durante a gestação, deixou de trabalhar na área. “Quando Arthur nasceu, eu fui me dedicar integralmente aos cuidados a ele e, à medida que a sua saúde ia se fortalecendo, eu fui sentindo a necessidade de uma profissão”. Na época, ela morava com o marido e o filho pequeno no Panamá e a oportunidade surgiu depois de conhecer muitos brasileiros no país que sentiam falta de ter uma festa de aniversário semelhante a encontrada no Brasil.

Por cerca de dois anos Fabiana atuou como produtora de festas infantis no Panamá, até voltar ao Brasil em setembro de 2016. “Achei que seria difícil recomeçar aqui, mas eu apostei que ia dar certo e tive um resultado excelente”, revela. Para conhecer o trabalho de Fabiana, basta acessar o seu perfil no endereço www.instagram.com/fabigiovanini. “É uma luta diária ter o seu próprio negócio. É preciso ter garra e coragem, pois é muito cansativo e trabalhoso, mas eu amo muito o que eu faço”, resume.