O nosso coração é composto por dois átrios (que recebem o sangue) e dois ventrículos (que bombeiam o sangue para adiante). Separando os ventrículos, temos o septo interventricular.

Quando ocorre um defeito neste septo, forma-se então, a comunicação interventricular.

A comunicação interventricular é a cardiopatia congênita mais comum na infância e o quadro clínico depende principalmente do tamanho do defeito. Em casos de pequenas comunicações, o paciente não apresenta sintomas e o único dado clínico é o sopro que é auscultado pelo médico. Essas comunicações podem evoluir para fechamento espontâneo, em sua maioria, até os dois anos de idade.

Em casos de comunicações de tamanho moderado a grande, os sinais e sintomas serão: dificuldade para amamentar (no lactente) e ganhar peso, respiração rápida (taquipneia), desconforto respiratório (dispneia) e infecções respiratórias de repetição.

O diagnóstico é confirmado através do ecocardiograma que vai informar o tamanho do defeito e a repercussão hemodinâmica.

O tratamento inicialmente é clínico. Em casos de pequenas comunicações, é apenas expectante. Pode haver necessidade de uso de medicações e de fechamento da CIV que pode ser através de cateterismo (colocação de prótese) ou cirúrgico (colocação de patch ou retalho).

Autor: Dra. Elane Costa - Cardiologista Pediátrica CRM: 12654 RQE: 16629